Hortelã Graúdo
Nome científico:
Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.
Família:
Lamiaceae
Sinonímia popular:
Malvarisco, malvariço, hortelã-graúda, hortelã-da-folha-grossa, hortelã-de-folha-grande.
Sinonímia científica:
Coleus amboinicus var. violaceus Gürke
Partes usadas:
Folha, seiva (espremida da folha).
Constituintes (princípios ativos, nutrientes, etc.):
Flavonoides (quercetina, apigenina, luteolina, salvigenina, genkwanino), terpenoides, saponinas, esteroides, taninos, proteínas, hidratos de carbono, óleo volátil
Propriedade terapêutica:
Cicatrizante, carminativo, vulnerário, antimicrobiano local, antirreumático, anti-inflamatório, antitumoral, demulcente, balsâmico, protetor da mucosa bucal.
Indicação terapêutica:
Feridas, febre, asma, tosse, dor (cabeça, garganta), afta, picada de escorpião e centopeia, dispepsia, sarna, úlcera, bronquite, queixa geniturinária, bronquite.
P. amboinicus é considerado cicatrizante de feridas.
Na Indonésia é usada para tratar feridas, febre (interna e externamente), asma, tosse (suco ou decocção das folhas) e dor de cabeça (externamente). Em farmácias deste país as folhas são conhecidas como "Folia colei" e são comumente mascadas para tratar afta.
Na Malásia a decocção das folhas é dada após o parto e o suco para tratar a tosse.
Nas Filipinas folhas frescas maceradas são aplicadas externamente em queimaduras, picadas de centopéias e escorpiões, dor de cabeça e a infusão de folhas como um carminativo para tratar dispepsia e asma.
Na Tailândia é usada para tratar feridas e aliviar a tosse.
Em Papua-Nova Guiné (país da Oceania) cortes, feridas e sarna são tratados com a seiva espremida das folhas aquecidas.
Na Indochina é usada para tratar asma, bronquite, picadas de inseto, ainda como peitoral e vulnerário.
Na Índia é útil em tratamento de queixas do sistema geniturinário.
Em La Réunion (ilha francesa do Oceano Índico) o suco da folha é empregado na cura de feridas e gripe.
No Brasil, P. amboinicus é usada para tratar úlceras de Leishmania (parasita causador da leishmaniose), doenças de pele, uso tópico em furúnculo e micose superficial, constipação, cefaleia, tosse, rouquidão, febre e problemas do aparelho digestivo [1,2].
A análise química qualitativa revela a presença de flavonoides (quercetina, apigenina, luteolina, salvigenina, genkwanino), terpenoides, saponinas, esteroides, taninos, proteínas, hidratos de carbono e óleo volátil no pó da folha [3].
Dosagem indicada [4]
Tosse, rouquidão, bronquite, inflamação da boca, dor de garganta. Uso tópico em afecções de pele.
- Infusão: picar 2-3 folhas numa xícara e verter água quente. Abafar por 10 min. Coar e tomar 1 xícara 2-3 vezes ao dia.
- Xarope: Tomar 1-2 colheres de sopa 3 vezes ao dia.
- Balas ou pirulitos: apurar o xarope de maneira convencional.
- Lambedor: as folhas inteiras depois de lavadas podem ser sugadas lentamente, uma a uma, com açúcar ou mel, até seis folhas por dia.
Culinária
As folhas são usadas na Indonésia e as Filipinas como um tempero para dar fragrância para pratos. No Vietnã, as folhas são frequentemente utilizadas como condimento em uma popular sopa agridoce, em pratos de carne e ensopados. Na Índia as folhas são comidas cruas com pão e manteiga.